Nova tabela do IRPF 2026: isenção até R$ 5 mil e desconto para R$ 7.350

A nova Lei 15.270/2025 amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda e altera a rotina de milhões de brasileiros. Entender as mudanças ajuda trabalhadores e autônomos a se preparar para a declaração do IR em 2027.

A atualização da tabela do Imposto de Renda era um tema aguardado há anos. A defasagem acumulada pressionava salários, diminuía o poder de compra e tornava o sistema injusto para quem recebia menos. Com a Lei 15.270/2025, o cenário muda de forma significativa: trabalhadores que ganham até R$ 5 mil mensais deixam de pagar imposto a partir de janeiro de 2026.

Essa nova faixa representa um alívio concreto, principalmente para famílias que sentiam no contracheque os efeitos do imposto retido na fonte. De maneira direta, o salário líquido aumenta e o contribuinte passa a ter mais margem para planejamento financeiro.

A mudança não impacta apenas quem recebe salário fixo. Autônomos, MEIs que têm rendimentos tributáveis além do DAS, prestadores de serviço e profissionais liberais também sentem os reflexos. Se a média mensal tributável ficar dentro desse limite, a isenção se mantém, desde que toda a movimentação financeira seja bem registrada.

Faixa intermediária até R$ 7.350 desconto ampliado e maior equilíbrio tributário

Outro ponto importante é a nova faixa intermediária criada para quem recebe até R$ 7.350 mensais. Nessa situação, o contribuinte não está isento, mas tem o imposto reduzido por meio de um desconto automático.

Essa mudança diminui a carga sobre a classe média, que vinha arcando com percentuais elevados devido à tabela defasada. É um ajuste que reorganiza o sistema, proporcionando maior proporcionalidade entre renda e tributação. Profissionais que recebem salário variável — comissões, gratificações, horas extras — precisam acompanhar seus rendimentos ao longo do ano, já que essa oscilação pode influenciar o valor final da declaração.

Como a nova regra afeta trabalhadores CLT, autônomos, MEIs e liberais

A medida atinge grupos distintos de maneiras diferentes. Trabalhadores CLT percebem o benefício imediatamente no holerite, porque deixam de ter IR retido na fonte. Para quem recebe salário fixo, é fácil identificar se está dentro da isenção.

Para autônomos e profissionais liberais, a mudança exige mais atenção. Como a renda é variável e vem de múltiplas fontes, o contribuinte precisa organizar recibos, rastrear pagamentos e manter um controle financeiro consistente. A média mensal importa tanto quanto o total anual. Sem esse acompanhamento, é fácil ultrapassar o limite sem notar.

Já os MEIs têm uma situação particular. O faturamento como MEI não entra no cálculo do IRPF (pois é tributado pelo DAS), mas rendimentos adicionais, como serviço prestado como pessoa física, entram. Muitos microempreendedores misturam atividades e acabam surpreendidos na hora de declarar.

Em todos os casos, a dica central é organizar documentos desde o primeiro mês de 2026. Isso evita contratempos na declaração do IR 2027.

A nova tabela IRPF e seu impacto na declaração do IR 2027

A nova tabela começa a valer em 2026, mas seus efeitos aparecem apenas na declaração realizada em 2027. Quem se enquadra na isenção pode ainda assim ter a obrigação de declarar. Isso ocorre em situações como:

  • recebimento de rendimentos isentos acima de certo valor;
  • aplicações financeiras que exigem declaração;
  • ganho de capital na venda de bens;
  • posse de patrimônio acima do limite legal;
  • movimentação financeira incompatível com a renda declarada.

Ou seja, estar isento não é sinônimo de estar dispensado da declaração. Esse equívoco pode levar contribuintes à malha fina, especialmente quem recebe rendimentos de mais de uma fonte.

Outro ponto essencial: se o contribuinte ultrapassar os R$ 5 mil em alguns meses, mas não no ano todo, pode haver imposto proporcional. A análise depende da soma dos rendimentos tributáveis no período.

O que muda e o que não muda com a nova lei

Embora a faixa de isenção tenha sido ampliada, nem tudo passa a ser isento. Continuam no escopo do Imposto de Renda:

  • aluguéis recebidos;
  • serviços prestados como pessoa física;
  • rendimentos financeiros tributáveis;
  • parte dos lucros distribuídos fora do Simples Nacional;
  • valores recebidos sem comprovação;
  • ganhos de capital.

É importante lembrar que algumas categorias permanecem isentas, como rendimentos de poupança, aposentadorias por moléstia grave, RRA em condições específicas e valores indenizatórios.

Na prática, a isenção IR 2026 não muda regras estruturais, mas muda o quanto o contribuinte paga sobre seus rendimentos tradicionais.

Como o governo compensa a ampliação de isenção

A lei prevê a taxação de altas rendas, começando em rendimentos acima de R$ 600 mil por ano. Esse ajuste não atinge quem já pagava percentual equivalente ou superior. A cobrança funciona de forma escalonada e atinge um público reduzido — cerca de 140 mil contribuintes de alta renda.

Na prática, isso permite ampliar a isenção sem comprometer o orçamento público. A medida equilibra arrecadação e reduz desigualdades sem exigir cortes ou novas contribuições da base trabalhadora.

Como se preparar desde já para o IR 2027

Mesmo com a isenção, o contribuinte precisa se organizar. A declaração não desaparece; ela apenas se torna mais leve para quem ganha menos. Para evitar problemas, alguns cuidados ajudam muito:

  • guardar informes de rendimentos recebidos durante todo o ano;
  • acompanhar contracheques e retenções mensais quando houver;
  • registrar pagamentos autônomos, recibos e notas;
  • organizar gastos dedutíveis, como saúde e educação;
  • acompanhar movimentações bancárias, especialmente para autônomos;
  • controlar rendimentos de múltiplas fontes, evitando divergências.

Essa organização reduz riscos e facilita a declaração, seja ela simplificada ou completa.

Por que a orientação contábil é importante neste período de transição

Mudanças tributárias sempre geram dúvidas, e o IR não foge à regra. Planejar com antecedência evita que o contribuinte seja surpreendido, especialmente aqueles com fontes de renda variadas ou que enfrentam oscilações ao longo do ano.

Uma análise profissional permite identificar oportunidades de economia legal, evitar erros de interpretação e manter a vida financeira organizada. Além disso, contribuintes que migram de faixa ou têm dúvidas sobre obrigações acessórias encontram na contabilidade um apoio essencial para manter regularidade fiscal.

A Philia Assessoria Contábil está ao lado de trabalhadores, autônomos e empresas nesse processo. Auxiliamos desde o planejamento tributário até a realização completa da declaração do IR 2027, garantindo clareza, segurança e alinhamento com as novas regras. Nosso atendimento próximo e estratégico ajuda você a aproveitar os benefícios da lei e evitar riscos desnecessários.

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